O que se entende por Terapia Comportamental
De maneira simples, a terapia comportamental se propõe a estudar o comportamento humano e suas funções. Assim como a Psicologia em geral, ela também apresenta diversas vertentes fundamentadas por muitos pensadores e clínicos1.
Dentre todas as suas vertentes especificaremos aqui e nos demais textos o trabalho que é realizado com a terapia analítico-comportamental. Esta modalidade de terapia tem como característica intervenções de cunho mais imediato2, que não necessariamente se estendem por anos como em uma análise tradicional. Assim, podemos dizer que o papel do psicólogo que segue esta perspectiva é identificar, por meio de análises comportamentais, o que determina a ocorrência de certos comportamentos do cliente, ou seja, porque agimos de tais maneiras em situações específicas3. Como estes “determinantes” estão na relação do individuo com o seu meio4, eles precisam ser verificados e analisados para possíveis alterações e consequentemente alívio do sofrimento. Assim, conhecer possibilita mudar e prever. Já que é possível prever, então temos aqui uma ferramenta poderosa de como conduzir nossas vidas5.
Muitas vezes é possível identificar em rodas de conversas com amigos e parentes que, com frequência, as pessoas “analisam” os comportamentos umas das outras. Mas então o que diferencia esta “análise” realizada por nossos parentes e amigos para o papel do psicólogo? A diferença primordial entre as duas é a de que a análise feita por um psicólogo analista do comportamento possui embasamento científico. Logo, com a prática da terapia analitico-comportamental é possível identificar o que determina o comportamento do indivíduo e o que pode ser feito para modificá-lo, tendo em vista sempre que o comportamento humano é complexo, e deve-se analisá-lo levando isso em consideração6.
REFERÊNCIAS
1. FRANK, Cyril M. Origens, História Recente, Questões Atuais e Estados Futuros da Terapia Comportamental: uma Revisão. In: CABALLO, Vicente E. Manual de técnicas de terapia e modificação do comportamento. São Paulo: Santos, 2013. cap.1.
2. BORGES, Nicodemos Batista; CASSAS, Fernando Albregard e cols. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012.
3. MARÇAL, João Vicente de Sousa. Behaviorismo Radical e Prática Clínica. In: de-FARIAS, Ana Karina C. R. et al. (Org.). Análise comportamental clínica: aspectos teóricos e estudos de caso. Porto Alegre: Artmed, 2010. cap. 2.
4. MEDEIROS, Carlos Augusto de; MOREIRA, Márcio Borges. Princípios básicos de análise do comportamento. Artmed, 2007.
5. SKINNER, Burrhus Frederic. Ciência e comportamento humano. 11. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
6. CARVALHO NETO, Marcus Bentes de. Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental do comportamento e análise aplicada do comportamento. Interação em Psicologia, Curitiba, jun. 2002. Disponível em: <http://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/3188/2551>. Acesso em: 24/02/2017.
Jean Luca Lunardi Laureano da Silva - Psicólogo
CRP: 06/134351
Larissa Silva Sebastião - Psicóloga
CRP: 06/129057